quinta-feira, 19 de junho de 2008

A idéia do centenário: Feijojapa !!



Nesse ano, todo o Brasil se mobilizou para comemorar os 100 anos da imigração japonesa, completos ontem, dia 18 de junho. Hoje, temos a maior comunidade japonesa fora do Japão. Essa vinda trouxe muito mais que os olhinhos puxados e a cultura japonesa para nosso pais. Trouxe também o cultivo da soja, do chá e de muitas outras atividades do hortifruti, importantes para nossa economia atualmente. Isso sem falar dos milhões que a moda – com o perdão da crítica - da comida japonesa movimenta por aqui. Porém, não satisfeitos, alguns vão além. E inventam formas grotescas de unir ainda mais as duas culturas. Numa total falta de noção, alguém teve a brilhante idéia postada acima. Feijoada com pauzinho? O que se passa na cabeça dessas pessoas? Além de ridículo, o trocadilho do título é um total menosprezo à história, à luta e à importância dos japoneses para o Brasil. Acredito que quem realmente precisa mexer alguns pauzinhos para conquistar alguma coisa, não são os imigrantes japoneses, e sim, determinadas agências.

Tenha paciência!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Parada errada.



Não consigo imaginar um lugar mais apropriado para esse anúncio do que a novela Os Mutantes, da Record. E nem preciso dizer o porquê, né? O que me chama mais atenção é o fato do cara passar por uma idéia ruim e conseguir chegar a uma pior. Colocou-se uma maca com rodas de carro. Bizarro demais! Mas vamos em frente. Eles dizem: “Essa pode ser a sua próxima parada quando você anda de clandestino.” Parada? Gente, não é uma parada. Isso foi uma confusão de trocadilhos, o redator e o diretor de arte devem estar de mal um do outro. Podiam ter dito que “quem anda de clandestino acaba andando assim” ou que “ andar de clandestino é o mesmo que andar assim”. Sei lá, mas vocês chegaram perto de uma idéia ruim, não puxaram a cordinha e pegaram descendo para uma pior ainda. O jeito agora é dizer que a culpa num foi de vezes. Faz assim, diz que foi o cliente que pediu. Porém nem tudo está perdido. Coloca um volante nessa maca e faz ela em versão Flex, é mais seguro que andar nos clandestinos e ainda fica bem econômico. Se bater num tem problema, né? O infeliz já está na maca mesmo!

terça-feira, 27 de maio de 2008

A preço de banana os bananas.



Aaah, sim. Agora vai. Lógico! Era só o que faltava no mercado de propaganda. Uma liquidação de pastas – que com certeza vale a pena desperdiçar uns 5 minutinhos, não mais que isso, para rir a bessa e se divertir com as maravilhas que podem ser encontradas –um site mal projetado, feio, de difícil leitura e navegação, e que não dá o devido valor às peças postadas nele. Puff! Como não pesaram nisso antes? Somos produtos mesmo, bens não duráveis, aos olhos pragmáticos do modelo capitalista que rege a publicidade. Então vamos nos colocar em prateleiras, um ao lado do outro, com splashs na testa, de maneira ridícula e bem varejista. Nem de longe é uma ajuda para quem está começando ou tentando engatar uma carreira.

O entusiasmo de um estudante e o desespero de um profissional que não consegue se segurar, ou até mesmo, entrar no mercado, os levam ao mesmo lugar: o vale da apelação. Esse lugar se configura como sendo a subsistência do mercado, o lado marginalizado da coisa que, na maioria dos casos, te aconselham que seja melhor ficar “fora” do que entrar numa furada dessas. A falta de noção, a imaturidade profissional e outras percepções negativas são facilmente superressaltadas tendo esse tipo de referência. Diferente de quando você é percebido de uma maneira individual, com personalidade e toda a atenção dedicada ao seu trabalho, às suas referências e seu bom gosto.

Um dos motivos da queda salarial em nossa profissão foi a aparição repentina de um enxame de publicitários, e isso se deve a vários fatos: o fato de haver uma faculdade de publicidade em cada esquina já é um deles; a falta de interesse dos jovens por cursos com matérias específicas muito difíceis é outro; o falso glamour é mais um e vários outros. O importante é lembrar que foi essa quantidade excessiva que levou a isso. Agora imaginem o que acontece quando uma pá de estudantes, profissionais e afins, se coloca à disposição em um meio ágil como a internet, para que o mercado os absorva. Acreditem, é muita banalização. Parece queima estoque. É uma desvalorização descomunal e desgostosa.

É muito difícil achar um bom publicitário, seja de criação ou de outra área, mas mesmo com toda dificuldade, não procuraria de forma alguma em um site assim. Poderia desvalorizá-lo por isso. Existem meios melhores e mais criativos de expor nossos trabalhos. Isso como ferramenta de marketing pessoal é um lixo.



Imagem copiada dos colegas do Tá Rebocado!, obrigado.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Humanitarian Lion. É hora de pensar no mundo.




Um dos motivos que nos levaram a criar esse blog foi falar de idéias. Criticar as ruins e, mesmo que raramente, elogiar as boas. Muitos ainda não vêem a boa intenção por trás disso tudo, outros até nos apóiam com e-mails e comentários. O importante é que tomamos uma iniciativa, ou seja, fizemos algo nesse mar de inércia que é o mercado publicitário paraibano.

Da mesma forma, uma outra iniciativa vem chamando a atenção, e esperamos que tome proporções gigantescas. A proposta dos caras é criar o que já foi nomeado de Humanitarian Lion – que nada mais é que uma nova categoria no Festival de Cannes, para premiar idéias e ações humanitárias feitas pelas agências para seus clientes. O que é muito legal, não acham?

Vamos mais além. Imaginem se as mentes brilhantes que estão nas agências de publicidade espalhadas pelo mundo, capazes de criar ações surpreendentes para seus cliente, fossem usadas para criar soluções para os problemas do mundo. Um brainstorm para resolver a fome, o aquecimento global ou a descriminação racial. Ações de guerrilha contra a guerra em Israel, mídias alternativas para proteger os animais e as áreas de preservação. Poderia sair daí grandes idéias jamais pensadas e, outras muitas, poderiam ser repensadas.

Trabalhamos com idéias. Esse é o nosso produto. É a única coisa que podemos oferecer ao s clientes e ao mundo. Então que ofereçamos, porra! Na maioria dos casos o que vemos é um total descaso, tanto por parte dos clientes, como por parte das agências. Abrir mão das idéias é fazer da nossa profissão um grande despropósito.

Já que publicitário adora prêmio e cliente adora ser o centro das atenções, uma categoria assim pode servir até de incentivo às ações. Não é o lado mais nobre da idéia, mas já serve.

Humanitarian Lion category now!


sexta-feira, 16 de maio de 2008

Lixo até o pescoço.


Alguém parou e se perguntou: Por que há tanto lixo na propaganda? Com certeza muitas pessoas já perceberam essa defasagem no nosso ganha-pão. Uma boa amostragem disso pode ser vista aqui mesmo. Mas dessa vez quem se perguntou foi Russell Davies, um blogueiro que fez um post bem legal apontando a enorme disparidade que há na produção de lixo entre a nossa área e as demais – aliás, ele vai além e diz que são 99% do todo. De forma que existem menos filmes, livros, quadros, esculturas ruins do que propaganda.

Porém, Russell justifica essa produção em massa de baixa qualidade e se mostra otimista. Dessa vez não tem nada a ver com a idéia de a propaganda ser exploradora, mentirosa e sem escrúpulos. Ele afirma que o problema está no modelo de negócio da propaganda. Quase tudo que é oferecido à população, seja produto ou serviço, deve atender à demanda cultural. De forma que se for bom e agradar, este vai ficar. Do contrário, logo será rejeitado e passará. É como uma seleção natural. Mas com a propaganda é diferente. O modelo é arbitrário e, sendo ela boa ou ruim, se baseia na repetição. O fato de detestarmos aquela propaganda chata que insiste em se repetir nos intervalos da nossa programação favorita, não irá tirá-la do ar.

O otimismo de Russell vem a tona quando ele afirma que esse modelo está indo embora. Atingir as pessoas com merda não vem se mostrando uma coisa muito eficaz. Isso vai causar um baixa na indústria de lixo na propaganda, prevalecendo as boas idéias.

Não sei se realmente isso está acontecendo, mas é uma certeza acontecer. É pouco improvável que os empresários, diretores, responsáveis por marcas, vendo o cenário das vendas, da concorrência, da velocidade que as coisas acontecem, não se dêem conta que gritar o preço, ou dizer vagamente que é melhor, não surte mais o resultado de sempre. Propaganda tem um único fim: dizer algo a alguém. Seja esperando que esse se motive a comprar, sinta-se bem por ter comprado, crie uma imagem positiva daquela marca ou apenas se informe. E a partir do momento que isso, antes de ser dito, é planejado com cuidado e dito com criatividade, a propaganda se torna menos gratuita, mais eficaz e pode ser considerada até como entretenimento, ao cair no gosto das pessoas. Existem comerciais que as pessoas torcem para que passem, já outros dá vontade de jogar a TV no lixo. Prefiro ser alguém que agrade as pessoas, do que o mala que vai colocar aquela porcaria no meio do lazer de alguém.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Coração de mãe até que pode agüentar mais um, mas o meu não.

Ah, fí de uma égua! Tu me mata.

Vergonha alheia.


Troque a bike por uma moto. Ela vai gostar muito.


Ai, por causa disso, tu precisa fazer graça?


Foi triste.


Quando crescer ele quer ser igual ao pai: o Robocop. Mas com motor v8.


Desculpe, mãe. Se nasceu prematuro não serve.


QUE TEXTO AI EMBAIXO É ESSE, MENINO?


Anúncio ruim, que causa disritmia na minha vida.


Estetoscópio mutante. Filho de uma margarida.


Aqui no blog também!


Mãe natureza, é? Hehehe, direção de arte bonitinha.


Mãe Maria Gasolina!


Mãe, estou no jardim de infância e já faço anúncio, ó!


Trocou o k.Y pelo Red Bull.


É passou longe, passou vergonha e eu aqui passando mal.


Anúncio de auto ajuda para mães desmotivadas no trânsito.


Filho publicitário, fudido, sem grana pra comprar presente.



Boa! Direção de arte bacana.


Então, gente. Mãe é mãe. Acha tudo bonitinho, principalmente quando feito pelo filhotinho dela. Olha que coisa boa, pelo menos umas 18 mães estão felizes da vida e orgulhosas que só danado, com esses anúncios.

Digamos que dessa seletiva, sendo bem tolerante, uns cinco passem para a próxima fase. E já contando com a repescagem, digo logo – estamos empolgados com o Brasileirão – nesse caso, era cartão vermelho pra todo lado!!!

Nada mais me surpreende de uma maneira positiva. Estamos vivendo um marasmo na criação. E não apenas aqui na Paraíba – onde o caso parece ser mais grave – mas em todo canto. Seja na internet, nos jornais, em revistas, na TV, no rádio então, nem se fala. Não vejo coisas boas. Uma ou outra nos Clubes de criação da vida – com risco ainda de ser fantasma. Os absurdos sempre vão existir, é verdade. Se vocês prestarem atenção, a mesma agência que errou feio colocando óleo de motor junto de rosas, no post para o Dia Internacional da Mulher, está agora com um bebê mamando em uma teta mecânica – deve ser o filho do Robocop. Se bem que, para quem diz que anjo não tem sexo, eu perguntaria de quem então é filho o bebê com asinhas, em um dos anúncios postados? De um pardal? De uma rolinha? É, de uma “rolinha” até que pode ser! Pode ser também de um “C...piiiiiiii de asa”.

Vejo agências antigas fazendo o mesmo, agências novas fazendo o mesmo, agências que foram e estão tentando voltar fazendo a mesma coisa. Aqui e ali vejo algo diferente. Dessa vez com destaque para o anúncio da Faz, gosto da direção de arte. Parabéns! E só.

Dessa vez, uma das jóias raras daqui virou até estrela. Como podem ver o anúncio com a foto da Britney Spears foi parar até no Kibe Loco. É uma presepada só esse mercado. Gente lembra ai, no dia dos pais, tem que sair um anúncio com a foto do Alexandre Nardoni.


bye bye

sábado, 10 de maio de 2008

Festival: 100 Noção de trocadilhos.











































Depois de quase um mês sem atualizações, por motivos de forças não motivacionais, selecionamos uma penca de anúncios portadores de necessidades especiais. Os mesmos se prestam a homenagear o jornal pelo seu centenário. Bem, trocadilhos envolvendo “veículo”, “circulação/circular”, o próprio nome do jornal, do tipo “achar o norte/ ter o norte”, não faltaram. Até um anúncio daltônico teve dessa vez. Sabem qual foi? Essa é fácil. Ou será que o cara estava trabalhando em tons de cinza e não percebeu? Ou será que, ao se sentirem atingidos, pelo fato de que há vários anos o jornal deixou de ser preto e branco, o pessoal do O Norte coloriu o anúncio? Quem vai saber, né?!

Diferente do post para o Dia Internacional da Mulher, não vamos comentar os anúncios um por um. Motivo? Para não esgotar as brincadeiras, é lógico! Fica a critério dos leitores avaliarem, de maneira própria, cada peça. Nossa opinião vai na forma do post.

Ah! A ordem de portagem não tem interesse de ser avaliatória. Foi ao acaso.


Tchau!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Não/Parece coisa de publicitário.



Vamos falar de bom senso. Essa, é uma ferramenta da mente humana (que mais parece estar desativada na cabeça de algumas pessoas) responsável por evitar que façamos alguma estupidez – ou cagada, para sermos mais claros. É uma espécie de sabedoria cotidiânica que nos permite reunir critérios básico para decidirmos sobre algumas situações. Isso nos permite, mesmo não tendo uma capacidade filosófica avançada, o conhecimento empírico ou científico, assumir uma postura correta nos momentos de dúvida. Agora vamos aplicar essa definição informal à propaganda. É justamente onde o bicho pega. Parece que o bom senso dá incompatibilidade quando executado no sistema operacional da cabeça de alguns publicitários. Existe sim um bom senso, ou senso comum, que deve ser usado na propaganda. Justamente, o conhecimento empírico citado, adquirido desde o início da nossa profissão, até hoje. Que nos diz para tomarmos cuidado com os trocadilhos baratos, com as idéias idiotas, com argumentações falsas, e junto a tudo isso, com a ética social, que nos diz para não descriminarmos raça, cor, idade, gênero, região e outras coisas mais. Agora, analisem bem esse anúncio, e façam as considerações baseados no que se refere ao bom senso profissional e social.

*Parece coisa pra banqueiro. (exagero – falso argumento)

*Mas ( estabelece uma relação de contraste ente o primeiro argumento e o segundo. Negando que o bairro citado não seja adequado ou não seja compatível ao empreendimento).

* Banqueiro – Bancários ( profissão de banqueiro e bairro dos bancários. Trocadilho barato).

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Em caso de terremoto coloque na cabeça.



Não há, em nenhum lugar do universo, nem em K-PAX, seja engenheiro, designer ou arquiteto, seja qualquer forma de vida – inteligente ou não – capaz de projetar uma... Coisa? Assim. Isso tem que ser patenteado. Lógico! Vejam bem. Imaginem que vocês estão no meio de uma daquelas festas socais bem chatas – tipo entrega de prêmio para propaganda local - quando, nem um pouquinho menos que repentinamente, começa um tremor de terra, um terremoto por assim dizer. Daqueles que registram 10,5 na Escala Richter, que só vai até 9, mas tudo bem. É ai que entra em ação a engenhoca já nomeada de Taçacete. Tudo que você tem a fazer é virar de gut-gut o espumante que ainda restar ou o coquetel de vodka Palov que tiver tomando e tacar a coisa na cabeça. Pronto, no mesmo segundo aquilo que era uma simples taça, transforma-se num invulnerável capacete anti-tudo. Ainda com um adereço de vidro pra cima, no maior estilo Teletubies. – Vai Organizações Tabajara, ta bom ou quer mais? Passado todo o caos, basta apenas retirar a Taçacete da cabeça – segurando com fineza pela haste de vidro e continuar degustando o delicioso ponche. É mole?

segunda-feira, 31 de março de 2008

3 Ganhadores


Bem, o que dizer nessas horas? Parabéns, né?! É o mais apropriado. Afinal, é isso que deve-se dizer aos vencedores.

O legal é que esse não foi um trabalho realizado e aprovado aos gritos, ou empurrado goela abaixo no cliente. O objetivo era criar uma logo e um slogan comemorativos para os 100 anos do Jornal O Norte. O mais antigo Jornal da cidade. Esperava-se o mesmo blah-blah-blah de credibilidade, verdade, imparcialidade que sempre passa pela cabeça dos criativos nesse momento, mas o resultado foi um pouco diferente. Pelo menos na marca.

A logo escolhida preserva muito a identidade antiga do jornal. Aliás, mais parece que o “100” e essa alegoria em forma de “v” de aprovação cruzado geneticamente com uma raiz quadrada, simplesmente caíram sobre a marca antiga. Ai podem dizer que essa era a proposta, que não se deve mexer na marca por se tratar de algo comemorativo, que ano que vem muda de novo e tal. Bem, podem argumentar de várias formas, só acho que não é todo dia que se comemora 100 anos de circulação e, mesmo com alguns problemas vasculares, a ocasião pedia um algo a mais, com um conceito forte, com cara de periódico com 100 anos. Mas sabemos entre quais outras opções essa foi escolhida.

Agora o slogan. Esse sim foi um surpresa, mas não é pra menos. Criado por um diretorsauro de arte, o dúbio slogan “Cem anos de verdade” dá de lavada na logomarca que o acompanhará por esse ano. Um tiro pela culatra, digamos. Já que o criador disse “apostava minhas fichas na marca”. Hehehe, que dizer, foi um vitória meio que sem querer.

Então nesse clima de vitórias por W.O vamos encerrando por hoje. E o blog também foi um ganhador. Porque se por um lado uma agência ganhou uma “motoca” e a outra um “caputador”, nós, ganhamos um post. Isso é sempre bem vindo.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Pimenta nos olhos de todo mundo não é refresco.



Ah, tá. Tem uma segunda frase dentro do título. Gostaram disso? A agência que criou deve ter gostado muito – nossa que criatividade! – e o cliente que acha que entende do negócio dele, também. Já faz um tempo que observamos as bobagens que são feitas pro Andorra. Seria a tentativa de fazer uma mensagem subliminar? Hahaha...Com que propósito? E quem é o público alvo da mensagem? “Te como no Andorra!”. Quem? Eu? Me comer? Vai comer o cão, não eu!

Considero esse um dos melhores motéis da cidade, e nem de longe deveria ter um posicionamento assim. Aliás, nenhum motel, a não ser que fosse realmente sua proposta, deveria ser vendido assim. Motel é um lugar onde as pessoas vão para fazer sexo, ou por se gostarem, ou por apenas estarem com vontade. Mas quando pegam isso e relacionam com putaria, sacanagem, orgias, estão caminhando por um terreno perigoso. Fazer amor e trepar são coisas bem diferentes para algumas pessoas. Para a maioria, me arrisco em falar. Não me sinto agredido ao ver um outdoor assim, apenas lamento enquanto publicitário. Acho que os motéis mais baratos poderiam assumir esse papel de motel escroto. Talvez até gerasse mais fluxo! Mas um motel caro como Andorra? Precisa? Não será muito podre? Considero um erro de comunicação feio. E nem precisa de ser um gênio para perceber isso. Não quero nem falar no fato do outdoor estar exposto para todos e seus filhinhos, priminhos, netinhos, filhinhas estarem recebendo essa sugestão sexual tão banal. Uma coisa tão importante quanto a criatividade na propaganda, é a responsabilidade.


AH! FELIZ PÁSCOA!!!




terça-feira, 11 de março de 2008

Elas merecem mais que um viagra e elogios vazios.

Digamos que, até o presente momento, estávamos extasiados com as tão fervorosas homenagens. Então, até passar a dor na barriga e secarem-se as lágrimas nos olhos, leva um tempinho. Dessa vez resolvemos não fazer ranking ou coisa do tipo, até porque não tem como valorar qual é melhor. É como a “Miss Ao Avesso”, a Miss Pós Atentado suicida, a Miss Escombros do 11 de Setembro. Resumindo, não é nada fácil colocar essa seleção numa ordem de melhor ou pior. É como se fossem todos filhos siameses com um cérebro apenas. Não dá pra separar.


Mas vale a pena ressaltar esse retórico anúncio. Se fossemos eleger um pior, seria esse. Trocadilho barato e batido com o viagra. Fruto de uma cabeça pobre e comum.




Realmente a combinação de Rosas e óleo de motor foi uma idéia bem diferente. Absurdamente ignorante, mas diferente. Já que o diferente nem sempre é bom, está uma porcaria. Feliz da mulher de quem criou esse anúncio, deve ter ganho chocolates banhados em fluido de freio.



Clichê do texto à imagem. Pobre e sem sal.



Quero saber quando essa agência vai parar de fazer esse trocadilho imbecil com a marca. Já deu no saco há muito tempo. E com certeza eles não tinham uma imagem mais idiota que essa.



De nada. Da próxima vez se esforce mais.



Subjetividade é uma boa saída para os momentos que não sabemos o que falar. Todo mundo que quer alcançar seus ideais não mede esforços, não só as mulheres. Mas é bem verdade que elas fazem mais isso que os homens. Só espero que esse anúncio não seja de uma redatora, seria contraditório.



Noooossa! Além de merecer uma multa, não há mal algum em está no banco do passageiro. Até que a ilustração não ficou mal. Pena que a idéia foi batida.



Optar pela briga dos sexos ainda é uma boa saída porque sempre resulta em títulos e idéias engraçadas. Apesar que essa estrutura já foi muito usada. Poderia ter abordado outros aspectos da relação.



A DentalCenter e sua agência devem ter funcionários bem felizes. Sempre há um sorriso nos layouts. Fraco demais.



Eita, outro sorriso de um plano odontológico. Imagina se todos anunciarem assim, qual será a diferença e o critério que deveremos ter para escolher o nosso?



Mentira. Um estado se faz com o trabalho de todo mundo junto e com uma boa administração. Seja ela feita por homens, mulheres, viados, lésbicas... e por ai vai.



Mais um trocadilho bestinha. Vamos lá: “marca”, vocês entenderam? Ali, tem uma marca de batom. Hahaha, muito boa né? Limitado e sem graça.



Taí uma verdade. Sim, as mulheres têm um brilhos especial, mas que nem de longe parece ou lembra esse anúncio horrendo e de extremo mal gosto.



Vejo ai uma nobre intenção de sair do lugar comum. Pelo menos no layout. Quando o assunto é título é melhor não comentar. Pouquíssimos, pouquíssimos redatores bons no mercado. Mas esse anúncio parece ter sido feito de última hora, olhem detalhe azul no cabelo da mulher, horrível.



É pra ficar de bobeira em como algumas agências se apegam ao produto de uma maneira pobre e ficam posicionando-o assim para sempre. Gosto do layout. Bonito. Mas sem idéia é a mesma coisa que nada.



Na verdade “saudade já tem nome de mulher” a Justiça é apenas um substantivo feminino. Layout preguiçoso, mas também acho que foi pedido às 05:50 da sexta-feira.



Isso mesmo agência. Se não sabe fazer, não arrisca. Coloca uma mãe amamentando ai e tá tudo certo.



Direto ao Ponto. Mas estou falando do ponto comum. Acho que essa idéia foi usada apenas algumas milhões de vezes. Pensar não é uma das suas virtudes, né agência?



Mesma idéia do anúncio do SINDIFISCO, e do mesmo modo, fraca. Sem as mulheres João Pessoa não seria a mesma. Aliás, nem o mundo. Genial. Hehehe




Pelo visto, é um redator. Uma mulher seria capaz de fazer melhor, mesmo de salto. Incrível como os anúncios de um plano de saúde sempre nos deixam doentes.



É isso. Esses foram alguns dos anúncio veiculados no Dia Internacional da Mulher. Demos ênfase às peças feitas por agências, porque é mais interessante “analisar” o trabalho dos “profissionais da área”. E se alguma mulher se sentiu homenageada, parabéns. Você se contenta com pouco.

Em um mar de trocadilho, lugares comuns, idéias babacas, layouts feios, o nosso mercado ainda consegue crescer à passos de tartaruga lesa. O impressionante é perceber que as agências locais não vêem o que acontece com a propaganda nos grandes centro do nosso país e até mesmo fora dele. É sabido que a propaganda mais criativa gera mais resultado e que vale mais a pena pegar um profissional bom do que três estagiários que não sabem de bosta nenhuma. Oops, não estou falando que estagiário é incompetente. Apenas digo que não substituem a experiência de um redator ou diretor de arte (ou até mesmo de outras áreas da agência) já formados – seja na academia ou seja no batente. O resultado de pensamento arcaico do mercado é esse. Homenagens que seria melhor não serem feitas.