segunda-feira, 31 de março de 2008

3 Ganhadores


Bem, o que dizer nessas horas? Parabéns, né?! É o mais apropriado. Afinal, é isso que deve-se dizer aos vencedores.

O legal é que esse não foi um trabalho realizado e aprovado aos gritos, ou empurrado goela abaixo no cliente. O objetivo era criar uma logo e um slogan comemorativos para os 100 anos do Jornal O Norte. O mais antigo Jornal da cidade. Esperava-se o mesmo blah-blah-blah de credibilidade, verdade, imparcialidade que sempre passa pela cabeça dos criativos nesse momento, mas o resultado foi um pouco diferente. Pelo menos na marca.

A logo escolhida preserva muito a identidade antiga do jornal. Aliás, mais parece que o “100” e essa alegoria em forma de “v” de aprovação cruzado geneticamente com uma raiz quadrada, simplesmente caíram sobre a marca antiga. Ai podem dizer que essa era a proposta, que não se deve mexer na marca por se tratar de algo comemorativo, que ano que vem muda de novo e tal. Bem, podem argumentar de várias formas, só acho que não é todo dia que se comemora 100 anos de circulação e, mesmo com alguns problemas vasculares, a ocasião pedia um algo a mais, com um conceito forte, com cara de periódico com 100 anos. Mas sabemos entre quais outras opções essa foi escolhida.

Agora o slogan. Esse sim foi um surpresa, mas não é pra menos. Criado por um diretorsauro de arte, o dúbio slogan “Cem anos de verdade” dá de lavada na logomarca que o acompanhará por esse ano. Um tiro pela culatra, digamos. Já que o criador disse “apostava minhas fichas na marca”. Hehehe, que dizer, foi um vitória meio que sem querer.

Então nesse clima de vitórias por W.O vamos encerrando por hoje. E o blog também foi um ganhador. Porque se por um lado uma agência ganhou uma “motoca” e a outra um “caputador”, nós, ganhamos um post. Isso é sempre bem vindo.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Pimenta nos olhos de todo mundo não é refresco.



Ah, tá. Tem uma segunda frase dentro do título. Gostaram disso? A agência que criou deve ter gostado muito – nossa que criatividade! – e o cliente que acha que entende do negócio dele, também. Já faz um tempo que observamos as bobagens que são feitas pro Andorra. Seria a tentativa de fazer uma mensagem subliminar? Hahaha...Com que propósito? E quem é o público alvo da mensagem? “Te como no Andorra!”. Quem? Eu? Me comer? Vai comer o cão, não eu!

Considero esse um dos melhores motéis da cidade, e nem de longe deveria ter um posicionamento assim. Aliás, nenhum motel, a não ser que fosse realmente sua proposta, deveria ser vendido assim. Motel é um lugar onde as pessoas vão para fazer sexo, ou por se gostarem, ou por apenas estarem com vontade. Mas quando pegam isso e relacionam com putaria, sacanagem, orgias, estão caminhando por um terreno perigoso. Fazer amor e trepar são coisas bem diferentes para algumas pessoas. Para a maioria, me arrisco em falar. Não me sinto agredido ao ver um outdoor assim, apenas lamento enquanto publicitário. Acho que os motéis mais baratos poderiam assumir esse papel de motel escroto. Talvez até gerasse mais fluxo! Mas um motel caro como Andorra? Precisa? Não será muito podre? Considero um erro de comunicação feio. E nem precisa de ser um gênio para perceber isso. Não quero nem falar no fato do outdoor estar exposto para todos e seus filhinhos, priminhos, netinhos, filhinhas estarem recebendo essa sugestão sexual tão banal. Uma coisa tão importante quanto a criatividade na propaganda, é a responsabilidade.


AH! FELIZ PÁSCOA!!!




terça-feira, 11 de março de 2008

Elas merecem mais que um viagra e elogios vazios.

Digamos que, até o presente momento, estávamos extasiados com as tão fervorosas homenagens. Então, até passar a dor na barriga e secarem-se as lágrimas nos olhos, leva um tempinho. Dessa vez resolvemos não fazer ranking ou coisa do tipo, até porque não tem como valorar qual é melhor. É como a “Miss Ao Avesso”, a Miss Pós Atentado suicida, a Miss Escombros do 11 de Setembro. Resumindo, não é nada fácil colocar essa seleção numa ordem de melhor ou pior. É como se fossem todos filhos siameses com um cérebro apenas. Não dá pra separar.


Mas vale a pena ressaltar esse retórico anúncio. Se fossemos eleger um pior, seria esse. Trocadilho barato e batido com o viagra. Fruto de uma cabeça pobre e comum.




Realmente a combinação de Rosas e óleo de motor foi uma idéia bem diferente. Absurdamente ignorante, mas diferente. Já que o diferente nem sempre é bom, está uma porcaria. Feliz da mulher de quem criou esse anúncio, deve ter ganho chocolates banhados em fluido de freio.



Clichê do texto à imagem. Pobre e sem sal.



Quero saber quando essa agência vai parar de fazer esse trocadilho imbecil com a marca. Já deu no saco há muito tempo. E com certeza eles não tinham uma imagem mais idiota que essa.



De nada. Da próxima vez se esforce mais.



Subjetividade é uma boa saída para os momentos que não sabemos o que falar. Todo mundo que quer alcançar seus ideais não mede esforços, não só as mulheres. Mas é bem verdade que elas fazem mais isso que os homens. Só espero que esse anúncio não seja de uma redatora, seria contraditório.



Noooossa! Além de merecer uma multa, não há mal algum em está no banco do passageiro. Até que a ilustração não ficou mal. Pena que a idéia foi batida.



Optar pela briga dos sexos ainda é uma boa saída porque sempre resulta em títulos e idéias engraçadas. Apesar que essa estrutura já foi muito usada. Poderia ter abordado outros aspectos da relação.



A DentalCenter e sua agência devem ter funcionários bem felizes. Sempre há um sorriso nos layouts. Fraco demais.



Eita, outro sorriso de um plano odontológico. Imagina se todos anunciarem assim, qual será a diferença e o critério que deveremos ter para escolher o nosso?



Mentira. Um estado se faz com o trabalho de todo mundo junto e com uma boa administração. Seja ela feita por homens, mulheres, viados, lésbicas... e por ai vai.



Mais um trocadilho bestinha. Vamos lá: “marca”, vocês entenderam? Ali, tem uma marca de batom. Hahaha, muito boa né? Limitado e sem graça.



Taí uma verdade. Sim, as mulheres têm um brilhos especial, mas que nem de longe parece ou lembra esse anúncio horrendo e de extremo mal gosto.



Vejo ai uma nobre intenção de sair do lugar comum. Pelo menos no layout. Quando o assunto é título é melhor não comentar. Pouquíssimos, pouquíssimos redatores bons no mercado. Mas esse anúncio parece ter sido feito de última hora, olhem detalhe azul no cabelo da mulher, horrível.



É pra ficar de bobeira em como algumas agências se apegam ao produto de uma maneira pobre e ficam posicionando-o assim para sempre. Gosto do layout. Bonito. Mas sem idéia é a mesma coisa que nada.



Na verdade “saudade já tem nome de mulher” a Justiça é apenas um substantivo feminino. Layout preguiçoso, mas também acho que foi pedido às 05:50 da sexta-feira.



Isso mesmo agência. Se não sabe fazer, não arrisca. Coloca uma mãe amamentando ai e tá tudo certo.



Direto ao Ponto. Mas estou falando do ponto comum. Acho que essa idéia foi usada apenas algumas milhões de vezes. Pensar não é uma das suas virtudes, né agência?



Mesma idéia do anúncio do SINDIFISCO, e do mesmo modo, fraca. Sem as mulheres João Pessoa não seria a mesma. Aliás, nem o mundo. Genial. Hehehe




Pelo visto, é um redator. Uma mulher seria capaz de fazer melhor, mesmo de salto. Incrível como os anúncios de um plano de saúde sempre nos deixam doentes.



É isso. Esses foram alguns dos anúncio veiculados no Dia Internacional da Mulher. Demos ênfase às peças feitas por agências, porque é mais interessante “analisar” o trabalho dos “profissionais da área”. E se alguma mulher se sentiu homenageada, parabéns. Você se contenta com pouco.

Em um mar de trocadilho, lugares comuns, idéias babacas, layouts feios, o nosso mercado ainda consegue crescer à passos de tartaruga lesa. O impressionante é perceber que as agências locais não vêem o que acontece com a propaganda nos grandes centro do nosso país e até mesmo fora dele. É sabido que a propaganda mais criativa gera mais resultado e que vale mais a pena pegar um profissional bom do que três estagiários que não sabem de bosta nenhuma. Oops, não estou falando que estagiário é incompetente. Apenas digo que não substituem a experiência de um redator ou diretor de arte (ou até mesmo de outras áreas da agência) já formados – seja na academia ou seja no batente. O resultado de pensamento arcaico do mercado é esse. Homenagens que seria melhor não serem feitas.


sexta-feira, 7 de março de 2008

Dia Internacional das Mulheres. Homenagem???



Os calendários promocionais apontam o momento “certo” de anunciar. Tudo como manda o figurino, as agências ficam apostos apenas esperando o “ok” dos clientes autorizando-as a criarem um anúncio de homenagem – pelo menos a intenção é essa!

Chega a dar um friozinho na barriga a aproximação de uma data comemorativa. Amanhã, no caso, o Dia Internacional da Mulher, data que homenageia essas hermosas criaturas que são a “fonte da vida” – oops, já vai ai um dos prováveis títulos que veremos. E, realmente, um dia só é pouco para homenagear quem dedica tanto amor por nós ( mais um! ). Mas será que as homenagens estão ao nível delas? Coitadas. Merecem mais.

Rosas e rosa vão tomar conta dos jornais, os bancos de imagem nunca são tão acessados, caderno extra para anúncios, um que queira chamar mais atenção que o outro, um quarto de página é o formato das datas comemorativas. Acho que para os clientes o que importa é aparecer. Na verdade não é uma homenagem propriamente dita, e sim, vêem ali, uma oportunidade barata de anunciar. Pena que todos vêem isso ao mesmo tempo e com o mesmo ponto de vista. Não há ousadia nem, de fato, a oportunidade. É grana jogada fora com anúncios que não dizem nada, sem criatividade alguma, onde cerca de 60% não serão lidos (a não ser pelo cliente, que nesse dia compra o jornal bem cedinho e sai mostrando seu anúncio irrelevante para todo mundo), e os que forem lidos?... Bem, espero que surtam o devido resultado. Porém com a quantidade de propaganda “boa” que costuma aparecer nessas datas, mais as próprias informações do jornal, acho difícil alguém lembrar do que viu no meio do jornal assim que terminar de folheá-lo.

Seria realmente bom se saíssem peças amanhã sem a mesmice de flores, mulheres sensuais, textos melosos e sem graça, bg’s com dégradé... e outras bobagens.

De uma forma ou de outra, segunda-feira as melhores pérolas devidamente comentadas.


Só desejo às mulheres, boa sorte.

domingo, 2 de março de 2008

Maestro, qual é a música?!



É pau, é pedra, é o fim do caminho. Tem sorte o Tom de não estar vivo para ver isso. Não sou contra a publicidade fazer uso da arte, seja ela musical, plástica, poética, ou qualquer outro tipo de manifestação. Mas alto lá! O bom senso é fundamental. Porque o uso de algo que já está pronto só porque se encaixa no contexto da história, por mera comodidade, pra mim chama-se PREGUIÇA! Coisa que já foi muito falada aqui. Com isso, mais uma vez uma de nossas agências se expõe de modo questionável. Será que não acham isso ruim? Será que é o blog que pensa de maneira errônea? Será que devemos todos parar de pensar de forma tal que eleve o nível do nosso mercado?

Parece-me que algumas agências de publicidade esqueceram de onde vieram. Do início dessa grande coisa reconhecida em todo o mundo, que hoje temos? Que a razão de tudo isso foi a criatividade. Quando um produto deixou de ser único e um deixou de ser melhor que o outro, a única diferença estava na argumentação e na criatividade, tanto da comunicação quanto dos próprios produtos. Nossas agências parecem ignorar as conquistas alcançadas por alguns de nossos primogênitos como: Duailibi, Petit, Zaragoza, Washington Olivetto, Alex Periscinotto, esse último responsável por implantar o formato de dupla de criação, aqui no Brasil, coisa que algumas agências paraibanas ainda não adotaram. Eles chegaram aonde chegaram porque pensaram em resolver o problema dos clientes de maneira criativa, porque sabiam que assim era, e é, o meio mais eficaz. “E não como alguns que aqui ainda dizem: “temos que ser vendedores”, “o preço tem que tá bem grande”, “o concorrente ta fazendo assim”, “não quero saber de prêmio“... Não sabem essas pobres almas que o prêmio nada mais é do que o reconhecimento pelo trabalho bem feito, mas me refiro a prêmios de verdade – diga-se de passagem. Porque como já foi dito, o Cri-criatividade e o Chapéu de Ouro Besouro, não querem dizer nada.