quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Pão e circo na terra do Cuscuz com Leite

E eis que no apagar das luzes.


O anúncio acima foi publicado no mesmo dia em que a sentença dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral cassou o mandato do agora ex-governador Cássio Cunha Lima. Escolher esse anúncio para publicar aqui neste espaço foi doloroso, apesar de boa parte dos nossos comentaristas acharem o contrário, afinal uma blogueira irônica também tem coração. Trata-se de uma peça bem acabada, o leiaute é bem composto com uma escolha correta na aplicação das fontes, bem diagramado para anúncios de uma página, que costumam sofrer com a falta de informação e principalmente fotos e/ou imagens bem captadas e tratadas. No caso em questão a foto é belíssima, bem iluminada com uma boa direção dos modelos que, diga-se de passagem estão bem naturais. Se o título não é lá essas coisas, já que segue a velha fórmula institucionalesca de escrever para peças de comunicação governamental, há que se dizer que o texto no fim das contas é claro e consiso. Portanto, a peça não está aqui para ser execrada pela nossa fiel massa anônima que "segue em frente e segura o rojão" nas salas climatizadas de agências, fornecedores e veículos; Paraíba adentro. 

A peça foi postada para servir como lamento, mesmo sendo "só mais um lamento entre tantos já feitos".

Como é triste ver a mentalidade tacanha das pessoas: mentalidade que, em tese, deveria servir de referência ou mesmo incentivo para os que mais precisam. Como é triste ver que nosso povo se contenta com pouco. Constatar que o nosso IDH evoluiu de x para y: uau, já somos iguais a Pernambuco, oras! Como dói o complexo de quintal do Brasil, a cisma de inferioridade que corrói a autoestima de quem deveria ser vanguarda nas idéias. Como dói perceber que um jovem como nosso ex-governador perdeu a chance de fazer diferente porque se contentou em seguir os mesmos clichês de sempre. Como é ruim compreender o porque da mudança de eixo entre um ciclo e outro: o que antes era 'Estado em Movimento' se transformou em 'Quem mais precisa sabe o que o governo está fazendo'. Mudou porque o povo pode até saber, mas em não tendo o que saber como há de dizer, sem ter como ser ouvido ou sem ter a quem falar.

Como é triste ver que uma peça publicitária tão bem feita como essa que está aí em cima pode ser tão nefasta quanto as outras de gosto duvidoso aqui antes postadas. Porque como diria Bill Bernbach: “nada é mais danoso a um mau produto que a boa propaganda”.

E para que ninguém se sinta órfão de não ter do que ou de quem falar mal com esse post. Fica o registro de que, na minha opinião, o nome do programa é uma agressão ao bom senso.


Agradecimento especial ao leitor 'anônimo parônimo'.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Silence is Golden


Eu tentei ser sutil e elegante e vou continuar mantendo o nível.
Deixarei que Muniz e Mohallen falem por mim.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

só pode ser sacanagem

Cumprindo sua função social,  A Culpa é do Cliente apresenta um bálsamo contra o despeito.
Uma espécie de alívio imediato às tensões do dia-a-dia, de boa parte dos nossos leitores e comentaristas.
Logo abaixo vai uma amostra grátis do que a má publicidade pode gerar. Se bem que, euzinha cá com meus botões, tenho sérias dúvidas se isso não foi feito só de sacanagem. Não é possível.
De todo modo, fiquem tranquilos:
propaganda ruim não é exclusividade nossa.

Duda Little

Cliente: Microsoft
Produto: Microsoft Songsmith



terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A volta dos que não foram, nem são



Os leitores, esses altruístas desinteressados, foram mais fortes que nosso desejo de paz interior.
A partir de hoje e com peridiocidade indefinida, A Culpa é do Cliente está de volta - sem nunca ter ido a lugar algum.
Para o deleite de leitores como a Dudinha, que não se conteve e gravou um vídeo com sua própria webcam - pasmem, ainda mandou o vídeo para o nosso email, o blog volta postando duas peças com um estilo próprio.
Nada de ironia fina, veneno ou coisa que o valha. Nesta nova velha fase, os leitores - sim, dos mais acanhados anônimos aos mais atirados como a Dudinha, decidirão qual terrível destino esperará pelas peças (íntimas?) aqui expostas. E então, esses dois espécimes abaixo merecem que tipo de comentário?
Francamente? Eu não entendi.

Take it to the next level, guys!
C'mon!

Cliente: Mauricéia
Peça: VT



Cliente: Tag Group
Peça: Anúncio de Jornal