sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Olha, custa mil. Mas já que tu não sabe disso, eu te faço no precinho, por 10 mil. Blz?



O filme acima é apenas um exemplo muito interessante do que vamos falar mais abaixo. Vamos começar explicando esse vídeo.

Três amigos colocaram a mão em mil dólares e tiveram uma idéia. Certo, até ai tudo bem. Eu também teria: pagaria umas contas. Mas eles resolveram fazer um remake de uma cena bem conhecida do cinema, e que custou milhões de dólares: o desembarque em Omaha Beach no dia D! Tudo foi feito com “APENAS” mil dólares e em quatro dias. 4 DIAS!!!!

Vamos lá.

Quem já orçou a produção de filme, aqui em João Pessoa, principalmente, por conhecimento de causa, já deve ter se sentido, mais ou menos, como ironizado no título do post.

O mercado publicitário da Paraíba vem crescendo num ritmo que chega a ser esperançoso. Temos grandes empresas locais, regionais, nacionais e até multinacionais se instalando em nossa cidade. O legal seria que essas empresas, principalmente as locais e regionais, assim como suas agências, assumissem uma postura bem profissional em relação aos benefícios que um bom exercício de marketing pode gerar para ambos. Alguns já apostam em novos formatos, em novas mídias, em ações diferenciadas, investem em PDV, branding, não vêem a internet como algo pro futuro, e sim, a ferramenta do presente. Mas outros ainda se apegam ao feijão com arroz de todo dia. E, infelizmente, ainda são esses que sustentam algumas de nossas agências.

O desenvolvimento de novas tecnologias está facilitando e aprimorando a produção, tanto gráfica, quanto de áudio e vídeo. Por exemplo: para sair do marasmo algumas agências já recorrem a produtoras de áudio de Salvador, Recife e até Rio/ São Paulo. Isso porque o preço – aaaaahhh, o preço! É apenas um pouquinho mais elevado, já o resultado final – hehehe, esses sim, é de fazer o sujeito nem pensar duas vezes: faz fora! A internet possibilita isso sem nenhum problema ou risco, tanto ao dinheiro do cliente ou a qualidade do trabalho. Mercados mais desenvolvidos, profissionais muito mais éticos e aptos, fazem a diferença lá fora. Não estou dizendo que os profissionais daqui são incompetentes, larápios e antiéticos, não! Que isso, gente? Mas há. Na briga para comer a sua fatia passam por cima de princípios que, se fossem respeitados, fariam bem a todos nós.

Já tem produtora daqui trabalhando para clientes de fora, e fazendo bonito. Sim, eles pagam bem. Ok, mas, o quanto se paga, justifica toda essa disparidade na qualidade do trabalho? Para os 3 amigos do vídeos acima, não. Nem para os estúdios e produtoras de fora que atendem agências daqui com tabela de preço adequada ao nosso mercado, cobrando o mesmo ou até mais barato que as locais.

O que acontece aqui é simplesmente que esses fornecedores cobram pequenas fortunas por um trabalho que deixa muito a desejar. E por não haver muita concorrência, estipulam aquilo que querem. Em sua quase totalidade, são profissionais limitados, pouco criativos, colocadores de banca, desatualizados e de tanto fazerem a mesma coisa todos os dias, tornaram-se viciados.

Agora, será que alguma das produtoras locais topa orçar/produzir, com a mesma qualidade, um remake da mesma cena? Eles fizeram com mil dólares em 4 dias!

18 comentários:

Anônimo disse...

Não sei se fazem igual, mas se eles fizeram por 1.000,00 a VDG, com certeza, fará por 500,00.

Anônimo disse...

Já pensou?

Vocês vão querer quantas horas de ilha? Dá pra fazer ali na barreira do Cabo Branco?
E se vocês fizessem em cartela?

Ai,ai.

:(

Anônimo disse...

Eh...os caras mostraram que só basta querer que é possivel fazer coisas bem feitas com pouca grana. E pra fazer um vt com uma animacao fácil por aqui já cobram uma grana dificil...

Anônimo disse...

Eu não entendi de que mercado esse blog tanto fala, pq o que realmente temos aqui é uma prostituição geral das produtoras... Valores Infactíveis e inexeqüíveis....
Por isso é que temos essa qualidade de extremo mau gosto na maior parte das peças...
A falta de sintonia entre roteiros, planejamentos e orçamentos é visível a criação sonha e a produtora, ao invés de entrar no clima, tem como a grande lei, estabelecida entre
todas elas, A LEI DO MENOR ESFORÇO !

Quer dizer o que? Correr e termina antes do almoço, pois “temos uma pauta cheia de vts de 300 conto”, e tome plugins, e tome banco de tudo, de animação, de imagem, vetor, de som, de tuuuuuuudo, tudo é banco, tudo é pré-fabricado....

Onde fica a nossa produção audiovisual? Nossas características, nossa identidade cultural? Pra quem não sabe temos tradição e história no audiovisual. Tradição essa que ainda é mantida por pessoas e grupos independentes, pq as grandes empresas de audiovisual ficam na margem brigando por ninharias que elas mesmas estabelecem.

Anônimo disse...

É incrível como esse mercado é sem conteúdo e morto dentro das calças. Quando o cara resolvefalar sobre algo realmente relevante, ninguém se manifesta. Ficam alimentando rixinhas e fazendo piadinhas com as agências.

Acho que um absurdo esse abuso das produtoras. Cobram 800 conta pra fazer um filme, ai dizem que saiu uma merda pq o verba era pouca. Ai quando pegam uma verda alta também fazem merda.

Ah, vsf

Anônimo disse...

Eu nem sei se esse é o fórum mais adequado pra esse tipo de discussão, mas em todo caso é bem pertinente a colocação do amigo anônimo acima.
Sempre discuti isso em todo lugar que trabalhei. E aqui na Paraíba, infelizmente ainda não dá para entregar um roteiro na mão de uma produtora e ficar completamente sossegado na agência tocando outros jobs. Todas as vezes que fiz, ou as agências em que trabalhei fizeram isso o resultado foi frustrante.
Hoje em dia é preciso admitir que muita coisa melhorou, muito também pela pressão das agências por bons filmes, por diretores, por produtoras de áudio (coisa que até pouquissimo tempo atrás era um luxo). Um dos problema do nível das produções paraibanas é a velha questão do know-how, ou da falta dele. Existem poucos profissionais para cada especialidade nas areas de audio-visual, e o pessoal que trabalha nas produtoras tb tem pouquissimo tempo e ou disposição para se reciclar. Quem tá fora do mercado não entra porque os prazos são hard-core e o preço tb é de lascar. O trinômio preço-prazo-qualidade é implacável. Não dá pra fugir. As produtoras têm suas responsabilidades, por se portarem ainda como locadoras de equipamento e mão de obra. As agências têm muitissima responsabilidade por não se posicionarem institucionalmente a favor de uma regulamentação clara do relacionamento Agência-Cliente-Produtora e principalmente por não conseguirem se programar (junto com os clientes) minimamente para executar as produções com tempo hábil suficiente para aumentar a qualidade dos filmes. É aquela estória, manda o roteiro pra orçar um filme hoje, e começar a rodá-lo amanhã, desse jeito é quase um milagre conseguir fazer um bom filme. A galera negligencia isso, mas para fazer um bom filme tb é preciso muito planejamento.

Anônimo disse...

O exemplo do blog de 1mil$ não pode ser usado como justificativa para orçamentos mais baratos( que inclusive mais barato do que já é praticado eu não sei como, só de graça mesmo).

-PRIMEIRO 1mil dolares não são mil reais.

-SEGUNDO com certeza todos os equipamentos usados não estão dentro desse orçamento nem o aluguel nem muito menos a compra desses(câmera HD, ilha acessórios em geral, e perceba q são planos fixos com movimento dentro da imagem em alta, já que é finalizado em SD isso é possível(vai ai uma dica pra os RTVs filmar em HD mesmo pra exibir em SD tem várias vantagens, e se fosse aqui teríamos grua, traveling etc).

-TERCEIRO Fica claro que esses mil dólares é o custo de arte, figurino, suprimentos, explosivos. Os profissionais não foram remunerados e os equipamentos são próprios ou cedidos de graça ou algum tipo de permuta não financeira. Tenta colocar no orçamento de um vt mil dolares só de arte e suprimentos pra vc vê os Rtvs morrerem de tanto dar risada, “toma 200 conto de arte e faça lindo” .

-QUARTO Claro 4 dias inteiros dependendo da quantidade de profissionais dá pra fazer esse trechinho ai, e ainda sobra...

É muita ignorância achar que fazer um trecho de vídeo desses com orçamento ridículo de mil dólares é o valor real desse trabalho. Esse é o valor do que eles gastaram, vai ver quanto custa a só a diária de um produtor de pós-produção lá na gringa pra vc ver quanto é ?! E lá é tudo sindicalizado tem o piso e horários fixos... E ainda tem o restante da equipe...
Vai ver o custo do aluguel de um equipamento...

Quem trabalha de graça é relógio !
Vão aprender a valorizar mais as produtoras, que quem sabem elas param e se concentram pra fazer os jobs, pq como tá é uma correria de mil jobs e 4 produtoras pra fazer tudo e ainda por 300reais cada...

Anônimo disse...

Acho que a idéia do dono do blog foi mostrar que quem eh bom de verdade mesmo, quem tem técnica e criatividade muito apuradas, sabe se virar com o que tem. O que o mercado daqui precisa pode ser até verba, também, mas acima de tudo, precisa é de EDITORES CRIATIVOS, que saquem de direção de arte, e não editor que manja alguma coisa de after e se contenta com animaçõezinhas pressetadas. Precisam de diretores que saibam pensar sozinhos e que se envolvam no filme, que procurem saber do que se trata antes de cair em campo. Precisa de gente que saia do roteiro criado pela agência e proponha soluções bacanas, até melhores, porque publicitário não é diretor de filme. Precisa de gente que faça animação de cartela minimamente elaborada, Sem precisar que a agência monte a cartela. Precisa de gente que veja mais referências e sejam mais referência. Enfim, falta gente CRIATIVA. Só se fala em HD, lente, camera nova, ilha fodástica, enquanto eu vejo os caras só com uma câmera na mão ganhando filme em cannes, até gastando menos de mil reais. Só o que falta é criatividade e vontade de fazer mesmo.

Anônimo disse...

Tenho quase certeza que o anonimo que defendeu as produtoras um pouco mais acima, faz parte de uma! Não seria nem muito dificil de descobrir qual! Mas o que quro mesmo dizer a ele(a), é que "dinheiro" e "respeito" as produtoras já têm até mais do que merecem. Sim! MAIS DO QUE MERECEM!

O que acontece é que as produtoras daqui acham que fazem um trabalho fantástico, quando não é bem assim.

Acjei esse vídeo MUITO bom. Ai vem um palhaço e diz: "-PRIMEIRO 1mil dolares não são mil reais." Hahaha, mas são 2 mil epouco. Faz com isso! Ai fala bláh blál bláh sobre os equipamentos, bláh blál bláh sobre a équipe. Idiota, o que deve ser percebido nesse vídeo é o seguinte: QUANDO SE TEM VONTADE DE FAZER E SE SABE FAZER, SE FAZ!

Então, produtoras, abaixem mais o nariz, coloquem o pé no chão e digam: Sim, nós faremos! E vai ficar bom!

Anônimo disse...

Faz o seguinte, fica com bem muita vontade de fazer, bem muita, pensa bem positivo, só energia boa, bons fluidos, alto astral geral ! Pronto agora vai no banheiro e vê se a m* vai sair mais bonitinha...

Cai na real... a culpa não é só das produtoras não, a culpa é do mercado todo e todo mundo acomodado, só reclamar e reclamar não adianta, tem que apontar as soluções, estimular, incentivar...
Só pra começar, ter antecedência, planejamento, orçamento justo e cobrar bons profissionais nas equipes.... isso já seria um bom começo...

Esse vídeo do exemplo serve para mostrar a competência deles, que por sinal pelo que dá pra ver na minúscula tela e super compressão que está ótimo, entretanto não dá pra saber como seria na real tela grande, compressão normal, e se vc disser q isso não tem nada haver bota teu nome ai na roda pq vc vai passar a aprovar os seus vts via youtube ok ?

E repito, eles gastaram mil dólares, em suprimentos, todavia isso não quer dizer que o custo total de um trabalho como esse é de mil dólares... Esse vídeo mostra que o processo é menos complicado do que parece, mas todos as grandes produções funcionam com essa mesma lógica, planejamento, roteiro, arte, captação com supervisão, o velho e bom cromakey, e a pós-produção. A diferença mesmo são os tamanhos, os números etc...

Mas eu te garanto que eles não fariam com esses orçamentos desse mercado só pq o valor de custo é mil dólares. E ainda pra um cliente que vai ter um retorno, esse bolo tem que ser mais bem fatiado...

Sim quem é tu mesmo?
A partir de agora vc vai aprovar VT via YouTube viu !

Anônimo disse...

Citando o editor anônimo aí encima:

"a culpa não é só das produtoras não, a culpa é do mercado todo e todo mundo acomodado, só reclamar e reclamar não adianta, tem que apontar as soluções, estimular, incentivar..."

-Minha parte eu tô fazendo. e as soluções, não apontei nem de longe todas, mas algumas já estão lá encima. E outra: você vai esperar alguém te incentivar pra você ter vontade de ser um editor fodão e requisitado? Tá esperando receber aumento pra poder se reciclar, inovar, ser referência e justificar o próprio salário?

"Só pra começar, ter antecedência, planejamento, orçamento justo e cobrar bons profissionais nas equipes.... isso já seria um bom começo..."

- Sim, isso seria o ideal. Mas todo mundo sabe que nem sempre é assim. Aliás, isso é quase uma utopia. Teremos o mesmo problema de falta de planejamento, verba inadequada, prazo e profissionais mal pagos (nesse caso, guardadas as proporções) aqui na PB ou em SP. Eu nunca foi pra NY, mas deve ter o mesmo problema lá também. ;)

Entre ser um cara muito bom que ganha pouco e ser um cara ruim que também ganha pouco, melhor ser o primeiro. Porque, no segundo caso, é justificável o salário. E bem mais difícil de resolver o problema.

Anônimo disse...

mas e ai ? tu vais aprovar os VTS pelo YouTube agora?

Anônimo disse...

Bem, a discussão já tá bem avançada, vou pegar o bonde andando mais tenho algo a falar.

O cara ai da produtora tá tentando defendendo o indefensável: a incompetência das equipes de produção e finalização daqui. Não são todos. Já vi um editor aqui que realmente merecia crédito, mas, não mais que um – inclusive ele não está mais aqui. Voltando...O mercado publicitário daqui já evoluiu bastante. Apareceram ótimos redatores, diretores de arte, ilustradores com maior noção do que é publicidade, mas quando o assunto é produção e edição, puff, ainda estamos na década de 90. Isso pq os profissionais de dentro das agências vêm investindo neles, buscando referências, aprendendo, comprando anuários e esse contato com a linha de frente da publicidade abre os olhos e as cabeças do mercado. Agora, pq dentro das ilhas, na hora da produção e captação não é igual? A criatividade só deve ser aplicada da porta da agência pra dentro? Não há referências para editores e produtores? Não há cursos? Só existe plugins e filtros? E nem vou falar das produções daqui.

Então quando alguém fala pra gente entrar no banheiro e ver se a merda vai sair mais bonitinha, entendo que, o que estimula essa pessoa, não é a vontade de trabalhar e fazer sempre melhor, e sim, o bolso dele. Lógico, o trabalho das produtoras deve ser bem pago e respeitado, mas o valor tem que ser coerente à qualidade. E quer saber de uma coisa: Não é nem a pau.

Ai ele(a) disse: aponte soluções. Beleza, vou tentar. Os editores poderiam começar buscando referências, eles devem ter um pouco de diretores de arte, diretores de filme, fotógrafos e quanto mais estimularem o seu senso estético, melhor será o trabalho deles. Olhem portfólio de outros editores, estúdios de edição e finalização, grandes produtoras, vídeos na net, se indaguem “como será que fizeram isso?” e vão atrás de saber, e por ai vai. Não acho que a carência seja de recurso técnico, mas sim de falta de referência e conteúdo.

Não é só das produtoras a culpa pela baixa qualidade do mercado. Algumas agências e clientes viciados ajudam bastante pra isso. Mas se, pelo menos, na hora que algumas agência tentam fazer algo diferente e que exija um pouco mais de empenho as produtoras comprassem a idéia pelo desafio, já seria “du cacete”. E não crescessem os olhos por causa do cliente ou por conta de uma dificuldade que seja.

Assim o termo “parceiro” iria fazer um pouco mais de sentido.

Anônimo disse...

e a criatividade?
parece que criatividade virou coisa que só quem trabalha na criação deve ter, antes publicitário era obrigado a ser criativo, hoje em dia só redator e diretor de arte precisa.

no caso das produtoras então...tentem puxar um assunto com algum editor sobre cinema, sobre diretores, diretores de arte, animadores do mainstream mesmo, nem precisa ser um 300 ml ou Anonymous Content da vida...

eu aposto que vc vai ficar falando sozinho enquanto o cara vai estar procurando pelo plugin que faz aquele barulhinho plin-plan-plum pra botar no preço da cartela que o teu diretor de arte fez.

a súplica é pela criatividade. o mercado precisa de criativos dentro das produtoras ou melhor, criativos trabalhando com a produtora. porque acho que há zilhões de casos de criativos que perdem o prazo de seus jobs tentando consertar na ilha alguma cagada que deveria ter sido pensada numa pré, por exemplo.

CRIATIVIDADE, JÁ

Alex Camilo disse...

Quem me conhece bem sabe exatamente minha opinião sobre as produtoras paraibanas, mas como estou, salvo raras exceções, no meio de anônimos, vamos à ladainha:

1- Embora algumas sejam muito bem intencionadas, todas adotam um modelo de negócio equivocado, pautado na quantidade e não na qualidade.

2- Sem exceção trabalham vendendo o meio (equipamentos, captação, edição e finalização) quando poderiam ganhar muito mais cobrando pelo início (o talento e o apuro técnico de seus profissionais) e o fim (o melhor filme, possível).

3- A maioria valoriza mais os equipamentos que as pessoas. Como se uma HDV ou um PowerMac pudesse fazer o trabalho de um profissional qualificado, motivado e bem remunerado.

4- Deveriam encarar o ótimo trabalho de alguns produtores, diretores e editores freelancers como uma oportunidade de contratação, no entanto, consideram a existência deles uma ameaça.

5- Precisam entender-se como parte do processo criativo, não como meras executoras das idéias das agências.

6- Acreditam-se fornecedores das agências quando deveriam considerá-las parceiras de negócio.

7 - Quando perguntadas do porque agem de tal forma, responder sem pestanejar: a culpa é do mercado. Quando perguntadas do porque o mercado é assim, respondem na lata: a culpa é do cliente.

Ou seja, meus caros, as produtoras de vídeo portam-se da mesmíssima maneira que a grande maioria dos clientes, das agencias, das produtoras de áudio, das gráficas, das empresas de outdoor, dos jornais, das TVs, das rádios... É muito fácil reproduzir esse discurso hipócrita, covarde e preguiçoso. Já que a culpa é do outro, do cliente, da agencia, do dono da agência, da produtora, da gráfica, da mídia, de Cássio, de Lula, de Bush, do Sistema, Deles, de Deus, a gente não precisa fazer mesmo PORRA nenhuma, né?

Anônimo disse...

Quero REALMENTE saber se alguém pode acreditar que os USD 1.000 foram um valor real... Caros colegas, me poupem! Está claro que os USD 1.000 a que se referem no filme, foi o gasto em gasolina e "sandwichs" que tiveram durante a produção do material, pois as produtoras e equipes envolvidas desejavam criar um VIRAL estupendo que circulasse o mundo com esta FARSA DO VALOR IMPOSSÍVEL. E pelo número de page-views do filme e tom dos comentários aqui, conseguiram o que queriam.

Anônimo disse...

_ Eita, gostei da provocação :)
Alguém falou sobre os mil dólares serem relativos a gasolina e sanduiches. Acho que está certo.
Tenho o exemplo de uma turma que fez "pior", várias cenas com alto realismo de Matrix, uma hilária paródia:
http://video.google.com/videoplay?docid=415338238586513884
_ Voltando, todo mundo começa a entrar no mercado, pagando pra entrar, ou seja, se custa 1000 pra fazer um "meia-boca", o cara chega a pedir 300,00, o cliente ou pouco exigente para com o objetivo ou sem grana mesmo topa. Depois ele, o novo camera, produtor ou o que seja vai descobrir que precisa de acessórios, de cursos, de manter equipamentos... e tb de comer todos os dias, daí ele ajusta o preço pra nova etapa profissional.
_ Moral da história, antigamente dizíamos que tinha produções amadoras, semi-profissionais e profissionais, acho que posso resumir assim agora: candidatos a amadores, amadores, amadores querendo ser semi, semi, semi querendo ser pro, profissional, pro querendo ser broadcast e broadcast.
_ Não vou continuar escrevendo, afinal o blog é do colega, mas resumo dizendo que a situação é bem mais complexa.
_ Ah!, sobre esse video, é fácil um grupo de solteirões, estudantes, fazerem parecer que presta numa tela de 320x240, quero ver em 1920x1080 pixels ou em 4k de cinema, e aí, vai com mil dolares?.

Anônimo disse...

uma coisa eu tenho certeza, o custo de hora ilha e efeitos já batem os mil. Não se pode tirar esse custo de uma produção se não o orçamento estará incompleto.

Mais q a computacão grafica realmente ajuda a diminuir custos não há sombra de dúvidas.