terça-feira, 27 de maio de 2008

A preço de banana os bananas.



Aaah, sim. Agora vai. Lógico! Era só o que faltava no mercado de propaganda. Uma liquidação de pastas – que com certeza vale a pena desperdiçar uns 5 minutinhos, não mais que isso, para rir a bessa e se divertir com as maravilhas que podem ser encontradas –um site mal projetado, feio, de difícil leitura e navegação, e que não dá o devido valor às peças postadas nele. Puff! Como não pesaram nisso antes? Somos produtos mesmo, bens não duráveis, aos olhos pragmáticos do modelo capitalista que rege a publicidade. Então vamos nos colocar em prateleiras, um ao lado do outro, com splashs na testa, de maneira ridícula e bem varejista. Nem de longe é uma ajuda para quem está começando ou tentando engatar uma carreira.

O entusiasmo de um estudante e o desespero de um profissional que não consegue se segurar, ou até mesmo, entrar no mercado, os levam ao mesmo lugar: o vale da apelação. Esse lugar se configura como sendo a subsistência do mercado, o lado marginalizado da coisa que, na maioria dos casos, te aconselham que seja melhor ficar “fora” do que entrar numa furada dessas. A falta de noção, a imaturidade profissional e outras percepções negativas são facilmente superressaltadas tendo esse tipo de referência. Diferente de quando você é percebido de uma maneira individual, com personalidade e toda a atenção dedicada ao seu trabalho, às suas referências e seu bom gosto.

Um dos motivos da queda salarial em nossa profissão foi a aparição repentina de um enxame de publicitários, e isso se deve a vários fatos: o fato de haver uma faculdade de publicidade em cada esquina já é um deles; a falta de interesse dos jovens por cursos com matérias específicas muito difíceis é outro; o falso glamour é mais um e vários outros. O importante é lembrar que foi essa quantidade excessiva que levou a isso. Agora imaginem o que acontece quando uma pá de estudantes, profissionais e afins, se coloca à disposição em um meio ágil como a internet, para que o mercado os absorva. Acreditem, é muita banalização. Parece queima estoque. É uma desvalorização descomunal e desgostosa.

É muito difícil achar um bom publicitário, seja de criação ou de outra área, mas mesmo com toda dificuldade, não procuraria de forma alguma em um site assim. Poderia desvalorizá-lo por isso. Existem meios melhores e mais criativos de expor nossos trabalhos. Isso como ferramenta de marketing pessoal é um lixo.



Imagem copiada dos colegas do Tá Rebocado!, obrigado.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Humanitarian Lion. É hora de pensar no mundo.




Um dos motivos que nos levaram a criar esse blog foi falar de idéias. Criticar as ruins e, mesmo que raramente, elogiar as boas. Muitos ainda não vêem a boa intenção por trás disso tudo, outros até nos apóiam com e-mails e comentários. O importante é que tomamos uma iniciativa, ou seja, fizemos algo nesse mar de inércia que é o mercado publicitário paraibano.

Da mesma forma, uma outra iniciativa vem chamando a atenção, e esperamos que tome proporções gigantescas. A proposta dos caras é criar o que já foi nomeado de Humanitarian Lion – que nada mais é que uma nova categoria no Festival de Cannes, para premiar idéias e ações humanitárias feitas pelas agências para seus clientes. O que é muito legal, não acham?

Vamos mais além. Imaginem se as mentes brilhantes que estão nas agências de publicidade espalhadas pelo mundo, capazes de criar ações surpreendentes para seus cliente, fossem usadas para criar soluções para os problemas do mundo. Um brainstorm para resolver a fome, o aquecimento global ou a descriminação racial. Ações de guerrilha contra a guerra em Israel, mídias alternativas para proteger os animais e as áreas de preservação. Poderia sair daí grandes idéias jamais pensadas e, outras muitas, poderiam ser repensadas.

Trabalhamos com idéias. Esse é o nosso produto. É a única coisa que podemos oferecer ao s clientes e ao mundo. Então que ofereçamos, porra! Na maioria dos casos o que vemos é um total descaso, tanto por parte dos clientes, como por parte das agências. Abrir mão das idéias é fazer da nossa profissão um grande despropósito.

Já que publicitário adora prêmio e cliente adora ser o centro das atenções, uma categoria assim pode servir até de incentivo às ações. Não é o lado mais nobre da idéia, mas já serve.

Humanitarian Lion category now!


sexta-feira, 16 de maio de 2008

Lixo até o pescoço.


Alguém parou e se perguntou: Por que há tanto lixo na propaganda? Com certeza muitas pessoas já perceberam essa defasagem no nosso ganha-pão. Uma boa amostragem disso pode ser vista aqui mesmo. Mas dessa vez quem se perguntou foi Russell Davies, um blogueiro que fez um post bem legal apontando a enorme disparidade que há na produção de lixo entre a nossa área e as demais – aliás, ele vai além e diz que são 99% do todo. De forma que existem menos filmes, livros, quadros, esculturas ruins do que propaganda.

Porém, Russell justifica essa produção em massa de baixa qualidade e se mostra otimista. Dessa vez não tem nada a ver com a idéia de a propaganda ser exploradora, mentirosa e sem escrúpulos. Ele afirma que o problema está no modelo de negócio da propaganda. Quase tudo que é oferecido à população, seja produto ou serviço, deve atender à demanda cultural. De forma que se for bom e agradar, este vai ficar. Do contrário, logo será rejeitado e passará. É como uma seleção natural. Mas com a propaganda é diferente. O modelo é arbitrário e, sendo ela boa ou ruim, se baseia na repetição. O fato de detestarmos aquela propaganda chata que insiste em se repetir nos intervalos da nossa programação favorita, não irá tirá-la do ar.

O otimismo de Russell vem a tona quando ele afirma que esse modelo está indo embora. Atingir as pessoas com merda não vem se mostrando uma coisa muito eficaz. Isso vai causar um baixa na indústria de lixo na propaganda, prevalecendo as boas idéias.

Não sei se realmente isso está acontecendo, mas é uma certeza acontecer. É pouco improvável que os empresários, diretores, responsáveis por marcas, vendo o cenário das vendas, da concorrência, da velocidade que as coisas acontecem, não se dêem conta que gritar o preço, ou dizer vagamente que é melhor, não surte mais o resultado de sempre. Propaganda tem um único fim: dizer algo a alguém. Seja esperando que esse se motive a comprar, sinta-se bem por ter comprado, crie uma imagem positiva daquela marca ou apenas se informe. E a partir do momento que isso, antes de ser dito, é planejado com cuidado e dito com criatividade, a propaganda se torna menos gratuita, mais eficaz e pode ser considerada até como entretenimento, ao cair no gosto das pessoas. Existem comerciais que as pessoas torcem para que passem, já outros dá vontade de jogar a TV no lixo. Prefiro ser alguém que agrade as pessoas, do que o mala que vai colocar aquela porcaria no meio do lazer de alguém.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Coração de mãe até que pode agüentar mais um, mas o meu não.

Ah, fí de uma égua! Tu me mata.

Vergonha alheia.


Troque a bike por uma moto. Ela vai gostar muito.


Ai, por causa disso, tu precisa fazer graça?


Foi triste.


Quando crescer ele quer ser igual ao pai: o Robocop. Mas com motor v8.


Desculpe, mãe. Se nasceu prematuro não serve.


QUE TEXTO AI EMBAIXO É ESSE, MENINO?


Anúncio ruim, que causa disritmia na minha vida.


Estetoscópio mutante. Filho de uma margarida.


Aqui no blog também!


Mãe natureza, é? Hehehe, direção de arte bonitinha.


Mãe Maria Gasolina!


Mãe, estou no jardim de infância e já faço anúncio, ó!


Trocou o k.Y pelo Red Bull.


É passou longe, passou vergonha e eu aqui passando mal.


Anúncio de auto ajuda para mães desmotivadas no trânsito.


Filho publicitário, fudido, sem grana pra comprar presente.



Boa! Direção de arte bacana.


Então, gente. Mãe é mãe. Acha tudo bonitinho, principalmente quando feito pelo filhotinho dela. Olha que coisa boa, pelo menos umas 18 mães estão felizes da vida e orgulhosas que só danado, com esses anúncios.

Digamos que dessa seletiva, sendo bem tolerante, uns cinco passem para a próxima fase. E já contando com a repescagem, digo logo – estamos empolgados com o Brasileirão – nesse caso, era cartão vermelho pra todo lado!!!

Nada mais me surpreende de uma maneira positiva. Estamos vivendo um marasmo na criação. E não apenas aqui na Paraíba – onde o caso parece ser mais grave – mas em todo canto. Seja na internet, nos jornais, em revistas, na TV, no rádio então, nem se fala. Não vejo coisas boas. Uma ou outra nos Clubes de criação da vida – com risco ainda de ser fantasma. Os absurdos sempre vão existir, é verdade. Se vocês prestarem atenção, a mesma agência que errou feio colocando óleo de motor junto de rosas, no post para o Dia Internacional da Mulher, está agora com um bebê mamando em uma teta mecânica – deve ser o filho do Robocop. Se bem que, para quem diz que anjo não tem sexo, eu perguntaria de quem então é filho o bebê com asinhas, em um dos anúncios postados? De um pardal? De uma rolinha? É, de uma “rolinha” até que pode ser! Pode ser também de um “C...piiiiiiii de asa”.

Vejo agências antigas fazendo o mesmo, agências novas fazendo o mesmo, agências que foram e estão tentando voltar fazendo a mesma coisa. Aqui e ali vejo algo diferente. Dessa vez com destaque para o anúncio da Faz, gosto da direção de arte. Parabéns! E só.

Dessa vez, uma das jóias raras daqui virou até estrela. Como podem ver o anúncio com a foto da Britney Spears foi parar até no Kibe Loco. É uma presepada só esse mercado. Gente lembra ai, no dia dos pais, tem que sair um anúncio com a foto do Alexandre Nardoni.


bye bye

sábado, 10 de maio de 2008

Festival: 100 Noção de trocadilhos.











































Depois de quase um mês sem atualizações, por motivos de forças não motivacionais, selecionamos uma penca de anúncios portadores de necessidades especiais. Os mesmos se prestam a homenagear o jornal pelo seu centenário. Bem, trocadilhos envolvendo “veículo”, “circulação/circular”, o próprio nome do jornal, do tipo “achar o norte/ ter o norte”, não faltaram. Até um anúncio daltônico teve dessa vez. Sabem qual foi? Essa é fácil. Ou será que o cara estava trabalhando em tons de cinza e não percebeu? Ou será que, ao se sentirem atingidos, pelo fato de que há vários anos o jornal deixou de ser preto e branco, o pessoal do O Norte coloriu o anúncio? Quem vai saber, né?!

Diferente do post para o Dia Internacional da Mulher, não vamos comentar os anúncios um por um. Motivo? Para não esgotar as brincadeiras, é lógico! Fica a critério dos leitores avaliarem, de maneira própria, cada peça. Nossa opinião vai na forma do post.

Ah! A ordem de portagem não tem interesse de ser avaliatória. Foi ao acaso.


Tchau!