sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Até o mercado de peixes muda



Vender peixe é complicado. Peixe só serve se for fresco. E apesar de ser uma iguaria, o peixe in natura fede. E fede muito se for exposto assim ao ar livre, sem nenhuma preocupação sanitária.
Quem mora na capital da Paraíba e caminha pela calçada que margeia o oceano, mais precisamente entre as praias de Tambaú e Manaíra, sabe o que estou a dizer.


O Ministério Público recentemente ordenou que o Mercado de Peixes fosse mudado, que alçasse outros vôos, ou melhor, mergulhos.


Peixes à venda e abacaxis descascados à parte, quem em sã consciência acredita que um cliente pode se encantar com a notícia de que uma agência é contemporânea da época em que a “banda larga era apenas metade de um gordinho”?


Há tempos que campanhas institucionais de agências representam capítulos à parte dentro da história contemporânea da comunicação paraibana. Mas desta feita, acho que a culpa nem é de nossos valorosos criativos. O problema é que as agências da Paraíba caíram na mesma vala de seus clientes, não têm nada de concreto e efetivamente sólido para oferecer a não ser anúncios. E em uma conjuntura assim é até compreensível, mas não aceitável, que os criativos se perguntem: “sabe aquela piada do pinto que só tinha uma perna?”.


As agências do mundo todo sabem que precisam mudar. Aqui, eu tenho minhas dúvidas. O que eu, humildemente queria – ironicamente, diriam alguns – seria que agências, profissionais, veículos e fornecedores mudassem para evitar que as nossas vacas atolem-se no Brejo ou então subam à Serra da Borborema.


Propaganda que vende? Vende-se ou Se vende?

Todo mundo gosta ? Todo mundo, quem?


por Anônimo Parônimo


Post Script:
Ninguém conhecia a identidade dos carrascos. Suas identidades protegidas por um capuz e seu poder preservado pelo fascínio que seus instrumentos de trabalho exerciam sobre as plebes. Eram instrumentos de tortura, mas desde que o mundo é mundo, as pessoas sentem prazer com a dor, principalmente a dor alheia.

27 comentários:

Anônimo disse...

Só acho que o Parônimo não entendeu muito bem a idéia da banda do gordinho. Vai que ele é gordo e se ofendeu. =D

Mas enfim, é aquela velha coisa de "casa de ferreiro, espeto de pau". Às vezes é tão saturante trabalhar pro cliente que na hora de fazer algo interno falta criatividade. Claro, a mentalidade dos donos de agências também influencia nesse caso, certo? Todo mundo sabe as figuras que temos por aqui.

Anônimo disse...

difícil saber qual direção de arte é melhor... a faixa "potões 100% aluminio" ou a do outdoor...

Anônimo disse...

Hummm...

Material institucional de agência é, quase sempre - 0,99% das vezes, um tiro no pé. Não sei se é por causa do cansaço do dia-a-dia com o cliente. Como disse nosso colega "Jeba..." Quem paga o anúncio da própria agência? O dono! Né isso? Então. Como essa especie tem hábitos muito parecidos - todos só pensam em quanto vai entrar no final do mês, o institucional torna-se um job inconveniente. E, també, até certo ponto, difícil. Já que muitas agência não sabem como se posicionar. Alias, será que sabem o que é posicionamento?

Há pouco tempo, vi uma grande agência da cidade se posicionar como "a que faz a propaganda que todo mundo gosta". Bem, ela é conhecida como a varejista do mercado. Por que não vai logo ao "ponto"? Oops, agora é assim "." Não seria melhor assumir? Ou isso é vergonhoso? Eu não acho.

Anônimo disse...

Como podem perceber nessa campanha, meus queridinhos, o nome do blog furou.

A culpa nem sempre é do cliente. Vejam só! Nesse caso o cliente é a agência e mesmo assim ficou aquela merdinha de sempre, não foi nao?

Bjocas,

S.V.

Anônimo disse...

Bem, acho que essa merece uma resposta.

Acho interessante uma crítica cheia de ironia, mas anônima. Continuo concordando que o fato de não se assumir o que faz é bem mais vergonhoso do que o de assumir algo de que não se orgulha muito.

Quando vim a João Pessoa, sabia exatamente o mercado em que estava pisando. Sabia de todas as lendas em torno da Ponto D, mas acabei percebendo - depois de trabalhar na Ponto D - que a maioria das lendas se devia ou ao temperamento meio tempestuoso de nosso companheiro de trabalho, ou ao posicionamento preguiçoso de muitos que passaram pela agência desde seu início.

Mudar uma agência, não é fácil. O cliente, o dono, os funcionários: quase ninguém se convence que um tal Dom Quixote pode mudar o rumo dos ventos, e o moinho continua na mesma direção.

Mas mudar não é impossível. Talvez para os que se contentam com esse pouco que se dá por aqui, talvez. Ou mesmo, talvez para aqueles que preferem reclamar ao fazer. Ou talvez aqueles que não por uma questão de preferir, mas por uma questão de incapacidade ou incompetência, preferem se render ao difícil e abandona projetos no meio do caminho.

Quando pisei em João Pessoa, vim com o desafio de convencer um mercado que criativo não é pra brincar de fazer propaganda, é pra fazer. Vim pra convencer muitos que é possível fazer daquilo que todos acham fácil e burro, algo que tenha relevância.

A maioria dos diretores de agência estimulam o uso de fotos roubadas, de ilustrações não pagas, cliparts, idéias chupadas e afins. Lá, há a vontade de fazer o melhor, mesmo que isso custe um emprego, um esforço, horas da vida pessoal ou algo assim.

O dono do blog deveria dizer aos visitantes que apesar de tão irônico e revoltado com a Ponto D, esteve sim, há poucos meses rodando portfólio à procura de vaga, lá na agência. Me alegraria muito que um blog de crítica, como esse aqui, fosse tocado por alguém com um pouco mais de princípios.

Quando um ou outro zé ninguém vem vomitar asneiras sobre a Ponto D, digo que independente de qualquer histórico da agência, ali existem guerreiros prontos pra briga. Quem ficar para ver, aasistirá uma mudança no mercado, uma mudança de mentalidade no jeito de se ver varejo e a própria propaganda aqui no estado.

Mas um projeto como esse, não é pra quem prefere o fácil. É pra quem persiste dia após dia, vencendo obstáculos que parecem minúsculos para quem vê de fora, mas são grandes montanhas pra quem briga no dia a dia.

A Ponto D é a maior. E no que depender do meu esforço e de alguns que sei que posso contar, será a melhor do mercado. Não por soberba ou algo assim. Mas pela conquista diária de esforços em conjunto de uma equipe de verdade, pela falta de preguiça e coragem de brigar por um mercado melhor.

Quem fala isso, não é um anônimo qualquer. É um lutador que mesmo vindo de família simples e de uma terra de ninguém, minha nada querida Alagoas, já abocanhou alguns prêmios que profissionais de São Paulo perseguem até hoje.

Isso aqui ainda ninguém fez. Quem um dia fizer, aí sim, eu dou cabimento de falar lorota.

Anônimo disse...

Resposta do dono do blog p aesir :"Não há, aqui, pretensão de mudar o mercado. E sim, de fazê-lo pensar."

Post de agora:"O que eu, humildemente queria – ironicamente, diriam alguns – seria que agências, profissionais, veículos e fornecedores mudassem para evitar que as nossas vacas atolem-se no Brejo ou então subam à Serra da Borborema."

hUAHuahUAHuahuHAUhaUAh

água p vinhu do post p outro!!!!!!!!!!!!!!!

Foi dpois q passei nu archive do blog todinho, q vih como mudoh os post's, e os coments tb, pena o tal do easir ter saido, vai q ele ia gostah..?
See ya!

Anônimo disse...

o querido Anderson Lima
put´s! vc falou, falou e falou, mas a final o que vc quer dizer ?

Anônimo disse...

Essa campanha da Criare realmente é muito fraca. E, pô, a da Ponto D que o cara aí se refere cheio de ironia, me parece que nao tinha muita pretensão em atrair cliente. Os caras queria só fazer um registro da data, sei lá. Ficou fraca mesmo, mas...passa.

Anônimo disse...

Acho que o dono do blog deveria seguir os conselhos de eugenio mohallem, mas como tenho percebido ele nao está preocupado em procurar um mercado melhor.

é triste...

Anônimo disse...

Olha, você só precisa fazer uma campanha desesperada pra tentar atrair clientes quando você tem poucos e ruins.

O gosto do mercado paraibano é mesmo diferente do que roda nos grandes mercados. Talvez esse seja um dos motivos pelo qual ele não sai do lugar.

Anônimo disse...

tava achando que esses outdoors não iam aparecer por aqui. realmente são muito ruins, não dizem nada com nada, são horríveis do ponto de vista da direção de arte. ou seja: não têm idéia nem função a não ser emporcalhar a cidade.
as outras coisas citadas subliminarmente no texto também são bem ruins e eu acho que ele tem razão mesmo. a campanha de outdoor da Ponto D é tão ruim quanto. o principal na minha opiniao é que não dá pra notar qual a diferença que existe entre as agências. se as melhores como a Ponto D ou a Zag fazem coisas desse naipe imagine as que não são conhecidas?

Anônimo disse...

Dalcaledu,

Você poderia me apontar alguma referência de uma boa direção de arte, só pra reforçar o seu argumento e dizer um pouco sobre a sua linha de tendências pra gente? Sem sacanagem, só pra manter uma discussão mais basimentada.

Anônimo disse...

http://photos1.blogger.com/blogger/631/829/1600/posters1%20%28Large%29.jpg

caro Jeba, apesar de nao ter procurado muito, esse link aí de cima acho que é um exemplo de uma direção de arte boa para um anúncio simples mas com uma mensagem inteligente.
a merda do caso dos famosos outdoors hortifrutilatifundipsicultorgrangeiros da Criare é que o pobre diretor de arte também não pode fazer nada. Ali não tinha idéia, não tinha gracinha, não tinha mensagem nenhuma além de dizer que eles são especialistas em elencar lugares-comuns e ditos populares.
Espero ter contribuido pra esclarecer o que é bom e o que não presta, na minha opinião, lógico.
Abraço.

Anônimo disse...

Propaganda, mercado, propósito e blog.


Desde que comecei a trabalhar com propaganda – há coisa de 6 anos, penso em fazer algo por esse mercado. Algo relevante! Tentar me superar, me igualar e, até mesmo, fazer melhor do que vejo por ai na mídia nacional, é uma meta diária. Tento não perder o foco do que acredito. Que nada mais é do que uma propaganda feita com RESPONSABILIDADE e, não feita por fazer, uma propaganda sem preguiça, que obedeça as teoria – sim, teorias! Mais do que nunca propaganda é estudada e levada a sério. Os estudos em psicologia e ciência social convergem diariamente para nossa área. E que essa teoria se molde pela dinâmica da prática. Uma propaganda com mais propósito e menos “vai assim mesmo”, posso dizer.

Criticar é engraçado. Todo mundo faz. Em todas as áreas. Inclusive, as críticas, em muito lugares, são as estrelas do elenco. Principalmente quando sadias – mesmo que árdua. Bem aplicada, uma crítica, pode desencadear um processo evolucionário em quem a lê – mesmo que, e inclusive se, essa pessoa seja a criticada.

“Fazer questão por qualidade”. É isso que deve ser pregado para esse mercado. O que temos hoje, são muitas agências estagnadas, fazendo mais do mesmo. Como se a argumentação criativa fosse irrelevante e a direção de arte não acompanhasse a dinâmica do design, com se não houvessem referências nacionais e mundiais de como se faz – a internet tai pra isso. Referência é algo polêmico em nosso meio. Confunde-se com as “chupadas”, mas sim, existe referência pura. Ai vai da postura de cada um.

Sim, temos boas agência no mercado. Nelas, bons profissionais. Mas sou realista e digo que nem todas, e todos, se encaixam no que estou dizendo. Na verdade, a minoria. Alguns dinossauros teimam em não entrarem em extinção, ou pelo menos, extinguir a forma que pensam e fazem propaganda. Uns, até mais novos, parecem ter herdado esse DNA e trabalham com a mesma mentalidade.

Gosto da idéia do blog. Acho necessário termos uma vitrine do que anda sendo feito por aqui e, até mesmo, comparar isso com o que fazem lá fora. Pode ser uma forma de mostrar quem anda fazendo bem feito. Mas o que é fazer bem feito? Acho que fazer boa propaganda é fazer uma que surta resultado, primeiramente, para o cliente, depois, para a agência e para seus funcionários. Como o Caniço bem falou dos prêmios que já conseguiu. Acredito que essa seja a boa propaganda. A mesma que deveríamos tratar de fazer por aqui.

Anônimo disse...

Eu entendi errado ou tem gente querendo defender esses outdoors da Criare?
Acho que o pessoal até agora não entendeu q o tal do dono do blog quer, unica e exclusivamente tirar onda.
Acorda galera!!!

Anônimo disse...

ker tirar onda, mas faz post de comemoraçaum de 1200 posts, modera comentarios e faz pose de bom entendedor de publicidade...

acorda vc...

ele nao sabe o q quer fazer disso aki, isso sim...

e se for como tu diz, logo isso vai ta entregue as moskas

Anônimo disse...

Mas um anônimo sem noção.
Ele disse:
"ker tirar onda, mas faz post de comemoraçaum de 1200 posts, modera comentarios e faz pose de bom entendedor de publicidade..."

Qq tem a ver com o cara querer tirar onda ou não? O Post de 1200 "acessos" ficou massa. E sim, tenho lido tudo aqui. Os caras podem ser uns filhos da puta, mas sabem o que tão falando!

"Anônimongós" parem de falar besteiras!!!!

Anônimo disse...

Olha só, não sei se dei a entender, mas não estou defendendo as peças da Criare. Creio que "aquela do pintinho" já foi um ótimo exemplo de que às vezes você se queima com certas piadinhas, além da direção estar mesmo fraquinha.

O Dalcaledu deu um bom exemplo de que ás vezes a melhor solução é um alltype com uma idéia simples, mas criativa, dando pra escapar do corre-corre para anunciar a própria agência. Queira ou não queira, apesar do protocalo não ter entendido as sacadinhas, a campanha da Ponto D segue esse filão, sem botar "pintos" no texto IMO. =D

Anônimo disse...

Tá uma merda. não tem nem o que analisar!

Qto aos comentários da Ponto D.
Caro Anderson, enquanto os donos forem os mesmos, mesmo com seu empenho, que imagino ser grande, acho dificil essa mudança. Torço pra que aconteça e assim os outros donos de agencia sintam-se estimulados e o mercado progrida de forma concreta.
MAs enquanto os donos da Ponto D continuarem com suas idéias mesquinhas e de tabelar salários, ao invés de valorizar o melhor profissional, o mercado tende a ficar neste marasmo, com poucos ganhando muito, e quem realmente "rala, assim como vc, continuem enfrentando as dificuldades e matando um leão por dia.

Abraço

Anônimo disse...

interessante é que quando esse blog batia na Real, na Oficina e Mirandas da vida...todo mundo se esbaldava. Era um tal de merda pra lá, agência medíocre pra cá...
agora que medalhões nunca dantes cagalhados foram honrados com posts seguidos aqui, a gente percebe que bom mesmo é pimenta no olhos dos outros.

Anônimo disse...

Enquanto a grande maioria dos criativos estiverem usando a cafonice e a centralização dos donos de agência como desculpa pela péssima propaganda que vai às ruas, nosso mercado vai continuar em decadência. Eu prefiro continuar com minha teimosia, até esgotar as possibilidades de crescimento.

O mercado de Maceió não era diferente. A única diferença é que a quantidade de publicitários estúpidos era ainda maior. Mesmo assim, com todos dizendo que era impossível, erguemos uma agência de oitava para segunda, conquistamos prêmios nacionais, locais, conquistamos o festival de Londres, e quem falava mais que fazia até hoje lembra.

O que sobra no mercado: falastrão e preguiça.
O que falta no mercado: quem queira trabalhar ao invés de brincar, quem estuda de verdade, quem coloque a culpa da incompetência do mercado em si mesmo, e não nos outros.

Anônimo disse...

Post Script:
Ninguém conhecia a identidade dos carrascos. Suas identidades protegidas por um capuz e seu poder preservado pelo fascínio que seus instrumentos de trabalho exerciam sobre as plebes. Eram instrumentos de tortura, mas desde que o mundo é mundo, as pessoas sentem prazer com a dor, principalmente a dor alheia.

MORAL DA HISTÓRIA:

PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO.

hehehe...

Anônimo disse...

Último post, feito em "Sexta-feira, 19 de Outubro de 2007".

Acabou?

Aaaahhhh!!!

Bruno Aydos disse...

Essa idéia do peixe é das mais esdrúxulas. Aqui no sul do país também se vê muito disso, principalmente no interior. Parabéns pelo blog. Agora tenho que ir. Vou correndo ligar pra ver se consigo uns portões 100% alumínio em liquidação.

Anônimo disse...

Olá a todos,
quero esclarecer que essa é a terceira vez que entro neste blog e que NÃO sou eu quem posta aqui no blog.

Se vcs não tem o que fazer e curtem essa versão piorada do agoralascou bom proveito a todos.

Não ligo pro mercado, espero que quem ligue e esteja aqui no mínimo se embase de certezas antes de citar nomes.

OBS: PRIMEIRO E ULTIMO POST AQUI

Anônimo disse...

Ui, Nega!

Anônimo disse...

Meus queridinhos,

que bom que publicaram minhas sugestões. Acho que o importante mesmo é que todos vejamos um trabalho abençoado como este no mercado paraibano.

Continuem assim e, da mesma forma que eu, vamos todos direto pro inferno dos publicitários.rs

Bjocas mil.